O CHEGA gosta de se apresentar como o partido que vai limpar Portugal da corrupção, da insegurança e da imoralidade.
Mas cada semana que passa mostra o oposto: é dentro do próprio CHEGA que se acumula a sujeira.
O caso de Marco Silva, mandatário da candidatura do partido em Vendas Novas, detido em flagrante por andar a atear fogos, é apenas o mais recente retrato da imundície.
Como é possível que um partido que se proclama defensor da "lei e ordem" tenha entre os seus quadros alguém que, sendo vigilante de profissão, se entretém a pôr o país a arder? É a caricatura perfeita da incoerência.
Este não é um mero incidente. É um padrão já tão habitual que não surpreende.
O CHEGA revelou-se uma autêntica pocilga política, onde se acumula a porcaria: ou é um deputado detido por furtar malas em aeroportos, ou outro apanhado a conduzir embriagado com taxa crime de álcool, ou um candidato acusado de pagar sexo a um menor enquanto defendia castrações químicas em praça pública. E no topo da pirâmide, o próprio Ventura e a sua fiel influencer reciclada em deputada, Rita Matias, a serem investigados por exporem listas com nomes de crianças imigrantes — uma prática que envergonha qualquer democracia e que mostra até onde este partido está disposto a ir para alimentar o ódio.
Que moralidade pode invocar quem se rodeia de incendiários, ladrões, predadores sexuais e arruaceiros? Que autoridade tem um partido que fala de "limpar a política" quando não consegue limpar sequer a sua própria latrina?
A cada novo escândalo, fica claro: o CHEGA não é a vassoura da nação, é o chiqueiro da política portuguesa.
E essa é a maior fraude: vender-se como solução quando é, na verdade, um dos maiores problemas. Prometer ordem e dar caos. Prometer limpeza e servir lama. Prometer um país melhor enquanto promove a degradação da confiança dos cidadãos nas instituições.
O CHEGA é a encarnação da hipocrisia política: prega austeridade moral enquanto chafurda na sua própria fossa.
Portugal não precisa que esta pocilga se instale no poder. Portugal precisa, sim, de se proteger dela. Porque não é o CHEGA que vai salvar o país — é o país que tem de ser salvo do CHEGA.