Bom, o presidente está tão confortável no trono que, a esta altura, já devia ter sido coroado "Rei dos Pilaretes I". Aliás, quase dá para imaginar um grande desfile de coroação pelas ruas esburacadas de Évora... com as carroças a passar no lamaçal de buracos e sinais de trânsito que apontam em várias direções ao mesmo tempo. O trânsito já está cortado portanto nem seria necessário desviar nada.
O presidente está mais enraizado no poder do que as árvores "podres" que os funcionários da Câmara cortam todos os anos no outono. Só não mencionam que essas árvores "podres" acabam a aquecer as lareiras das suas próprias casas. Estão a ver a cena?
Agora, vamos falar de muros e história, porque Évora é quase uma ciade de Berlim, mas ao contrário. Em Berlim, os muros caíram em 1991 e a cidade floresceu até 2024. Já em Évora, os muros estão prestes a cair em 2024 e parece que a cidade já regrediu até 1991. Mas não a de Berlim unificada e moderna, não... Aquele de antes, com cheiro a miséria e uma pitada comunismo no ar. Bem, ao menos a cidade já tem esse aspecto! Com lixo, pessoas a dormir na rua, porbreza, falta de habitação, está tudo bem encaminhado.
E o segredo do "sucesso" desta Câmara? Fácil, é mais uma árvore genealógica (que infelizmente ainda não foi cortada para fazer lenha) do que uma instituição pública! Qualquer reunião de trabalho parece um jantar de família, com pais, filhos, primos, tios e sobrinhos à mesa. Certamente que quando chega dezembro, trazem logo as prendas embrulhadas para a reunião de trabalho, prontinhas para colocar debaixo do pinheirinho... Claro, o pinheiro cortado de alguma avenida da cidade.
E assim segue Évora, uma cidade histórica que preserva as suas tradições... inclusive a tradição de nada mudar!
PR / FB
