Notícias P1: 20 de Fevereiro de 2024 - Café da Praça Central

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21 fevereiro, 2024

Notícias P1: 20 de Fevereiro de 2024






Escrever esta Newsletter com o Serafim deitado ao meu lado, está a começar a tornar-se um hábito. Penso que o som das teclas a bater, o 'som' das frases a formarem-se, faz com que ganhe mais sono. Espreguiça-se e fica deitado, confortável, a ronronar, recebendo umas festinhas no seu pêlo preto e branco, muito macio.


Quem não tem descanso é Pedro Almeida Vieira que detectou mais um escândalo em termos de falta de transparência no emprego de dinheiro dos contribuintes, através da contratação pública.


Uma análise do jornalista e director do PÁGINA UM concluiu que o "Hospital de Braga escondeu 1.354 ajustes directos de 47 milhões de euros por mais de dois anos. Em muitos nem se sabe o que se comprou". O Tribunal de Contas nunca 'viu' milhares de contratos da unidade que deixou de ser uma PPP (Parceria Público-Privada), em 2019.


"Não se encontra nenhuma entidade pública com similar comportamento, nem de longe: a administração do Hospital de Braga 'borrifou-se' nos prazos para registo no Portal Base de quase dois mil contratos, dos quais cerca de 1.400 estiveram mais de dois anos (e por vezes mais de três anos) a aguardar a sua publicação. 


Praticamente todos os contratos em atraso são ajustes directos (a empresa escolhidas a dedo), numa parte substancial nem sequer há um contrato escrito, e noutros nem sequer se sabe aquilo que foi adquirido e se foi efectivamente recepcionado." 


É ler a notícia a conferir todos os detalhes de mais um caso que é outro 'prego no caixão' da transparência nas compras públicas e nas boas práticas na gestão do dinheiro dos contribuintes.


Não é, infelizmente, o único 'prego'. Há mais. Como ontem noticiou o PÁGINA UM, a empresa Infraestruturas de Portugal celebrou três contratos inéditos por cinco anosnum concurso público de 50 milhões de euros para limpar vegetação na rede ferroviária.


Por falar em transparência, também lhe demos conta que o principal accionista da Global Media estabeleceu sede numa 'caixa de correio de um 'cowork'.


"Não é um 'vão de escada'; mas é uma 'caixa de correio' num espaço de 'cowork', em 'open space', no primeiro piso de um prédio no Saldanha. O PÁGINA UM foi visitar o espaço, enquanto se anunciava a nomeação dos novos administradores da Global Media e se retirava da discussão um aumento de capital de cinco milhões de euros" para 'tapar' prejuízos. 


E naquela que é uma iniciativa única na imprensa em Portugal, lançada pelo PÁGINA UM, a 'Hora Política' soma e segue entrevistas a líderes dos partidos políticos existentes em Portugal. Dos 24 líderes dos partidos inscritos junto do Tribunal Constitucional, a 'Hora Política' já entrevistou 16 e tem outras entrevistas agendadas. 


Todos os dias, fazemos-lhe chegar uma entrevista. Já publicámos nove entrevistas a líderes partidários, que pode ler ou ouvir aqui


Ontem, foi a vez de Joaquim Rocha Afonso, presidente do Nós, Cidadãos: "Faz falta uma revolução, não de cravos, mas de cidadãos independentes, livres e sem medo".


Hoje, saiu a entrevista a Bruno Fialho, líder do ADN - Alternativa Democrática Nacional: "O Estado é um vampiro, suga tudo".


Nos próximos dias, continuarão a ser publicadas entrevistas. Esta iniciativa é também um teste para ver quem joga o 'jogo democrático' de participar em pé de igualdade, sem favorecimentos nem campeonatos de partidos de 'primeira' e de 'segunda', como acontece nos debates televisivos, a propósito das eleições legislativas. 


Recorde-se que a 'Hora Política' é uma iniciativa que pretende trazer maior diversidade e pluralismo à cobertura que a imprensa faz dos partidos políticos, contribuindo assim para uma democracia (e uma imprensa) mais saudável.  


Ainda a propósito do tema, vale a pena ler o Editorial: "É o 'estado a que chegámos' que abriu as portas ao populismo".


Pode rever aqui o calendário de publicação de entrevistas da 'Hora Política'. 


Ainda na 'Hora Política', pode ainda acompanhar as conversas descontraídas entre Pedro Almeida Vieira e Frederico Duarte Carvalho sobre 'As Nossas Eleições'.


No sexto episódio fala-se de uma estranha moção de censura, em 1987, a única que fez cair um Governo, mas que acabou por ser o 'harakiri' do promotor, o PRD. As eleições seguintes resultariam na primeira de duas maiorias absolutas de Cavaco Silva, recordando a tentativa de criação de uma 'geringonça' formada por PS, PRD e CDS para evitar as eleições antecipadas de 1987.


Pode ouvir aqui este episódio: "Do 'harakiri' do PRD até às maiorias de Cavaco".


Nas crónicas, Manuel Matos Monteiro, colunista do PÁGINA UM e 'mestre' da língua portuguesa, escreveu sobre uma 'praga': "Raios partam a 'empatia'".


Nota ainda para a habitual ilustração de Bruno Rama, sempre às segundas-feiras: "O Senhor do Tempo".


Termino esta Newsletter com a sugestão de leitura de mais uma 'arranhadela' do Serafim. Desta vez para o rigor do Público sobre o programa para a Habitação de "todOs" os partidos: "'todOs' é menor que 'todEs'".


A si, desejo-lhe uma boa noite e uma boa quarta-feira. Regresso aqui na quinta-feira.


Até lá, confira no seu PÁGINA UM as notícias, crónicas, entrevistas e outras novidades que iremos publicar por estes dias.


Até breve.


Elisabete Tavares