A chegada da Troika ao nosso país, em 2011, levou a reformas profundas e dolorosas, para pôr ordem nas contas públicas. E algumas das situações mais complicadas, no que à dívida pública dizia respeito, estavam ligadas a Câmaras Municipais.
A primeira sigla que surgiu foi PAEL – Programa de Apoio à Economia Local, lançado em 2012 e com uma dotação de mil milhões de euros, iniciativa que permitiu às Câmaras Municipais de todo o país pedir empréstimos para regularizar dívidas vencidas há mais de 90 dias, entre outras medidas de reequilíbrio financeiro.
No Algarve, a generalidade ou mesmo todas as Câmaras recorreram a esta linha de financiamento. No resto do país, não foi diferente.
No entanto, em alguns casos, esta medida foi insuficiente.
Foi o que aconteceu em Portimão e com Vila Real de Santo António.
Para estes dois municípios, bem como para mais uns poucos do país, foi preciso criar uma nova resposta, a que se chamou Programa de Ajustamento Municipal - o mencionado PAM -, que foi operacionalizado com o Fundo de Apoio Municipal (FAM).
Esta nova linha de apoio permitia pedir mais dinheiro, todo o que fosse necessário, mas, à semelhança do PAEL, trazia com ele pesadas obrigações, nomeadamente a obrigatoriedade de manter todas as taxas municipais no máximo e fortes restrições ao investimento municipal.
No fundo, as Câmaras intervencionadas ficaram obrigadas a apertar muito o cinto, durante décadas se necessário, até sanarem as suas dívidas.
Mas se Portimão, cerca de quatro anos depois, conseguiu pagar boa parte da sua dívida e entrar numa trajetória de equilíbrio financeiro, que lhe permitiu rejeitar a última tranche do empréstimo do FAM, de uns expressivos 19 milhões de euros, VRSA esteve longe de ser um bom aluno e ainda hoje continua numa situação muito complicada.
E se ontem lhe demos conta da dívida de 160 milhões, hoje falamos-lhe da solução que o recém-chegado executivo PS de Álvaro Araújo idealizou, para tentar inverter a situação. E, mais uma vez, há FAM à vista.
Em Mértola e Castro Verde, vai ser inaugurada no último fim de semana de Outubro uma nova Rota de Observação de Aves, com uma série de passeios guiados. Não tem (literalmente) nada a perder em experimentar, uma vez que as atividades são gratuitas.
O povo diz que há quem nunca aprenda. E é caso para aplicar esta máxima ao investidor sueco que, apesar dos processos, embargos e multas de que foi alvo, continua os seus trabalhos ilegais de plantação de abacates na zona de cabanas de Tavira. Saiba tudo aqui.
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Despeço-me, mas não sem antes lhe lembrar que a revista Dois já anda por aí. Certamente a encontrará num quiosque ou livraria perto de si, mas se isso não acontecer, pode sempre encomendar.
Tenha uma excelente quinta-feira. E se chover, alegre-se, porque estamos mesmo a precisar de água no solo e nas barragens.