De acordo com os últimos Censos do Instituto Nacional de Estatística (2021), o concelho de Évora tem 53 591 habitantes e 22 410 agregados. Évora perdeu população, quando comparada com os dados anteriores (diminuição populacional de 5,3%, face a 2011).
Como capital de distrito e pelo seu posicionamento estratégico, Évora deveria estar a aumentar e não a diminuir a sua população. No entanto, a habitação é um dos problemas mais graves de Évora e justifica muito desta diminuição populacional. A Câmara Municipal de Évora deveria tudo fazer para mitigar esse problema, mas não é evidente uma política clara de promoção da habitação para quem dela necessita, a preços comportáveis.
Qual é a ideia que a atual Câmara Municipal de Évora tem para o desenvolvimento do concelho, nas áreas habitacional, social, económica, cultural e ambiental?
Onde queremos estar daqui a 10 anos?
Qual a taxa de crescimento populacional que ambicionamos? Onde queremos que Évora esteja, em 2030? E em 2040?...
As respostas às questões anteriores são fundamentais, pois está em curso o processo de alteração (e mais, tarde, a revisão) do mais poderoso instrumento de planeamento e de desenvolvimento do futuro da cidade e do concelho: o Plano Diretor Municipal de Évora (PDME), amplamente relacionado com outros planos, igualmente relevantes (e.g. Plano de Urbanização de Évora). Se não tivermos uma visão para Évora, parece que estamos a definir um caminho para sítio nenhum…
Por exemplo, na atual proposta de alteração do PDME, verificamos que os critérios adotados para classificar os solos urbanos e determinar, consequentemente, onde se pode ou não construir habitação (ou fixar serviços e empresas) são demasiado restritivos porque, à partida, limitam o potencial de crescimento da cidade e do concelho. E o problema não é da lei, uma vez que esta prevê que se possam acomodar as «potencialidades de desenvolvimento do território». O problema é outro…
Sentimos, infelizmente, que a atual gestão comunista da Câmara Municipal de Évora está a decidir os passos que se vão dar, sem ter a noção do destino onde quer chegar…
Para onde vais, Évora?