Hermínia Vilar falava, esta segunda-feira, na abertura da residência criativa do projeto EUbyLakes está a decorrer, até sexta-feira, em Reguengos de Monsaraz. O EUbyLakes, é um projeto que visa promover discussões sobre a Europa do futuro, estabelecer uma universidade ao ar livre junto a lagos europeus e contribuir para a sensibilização dos cidadãos e para o aumento do conhecimento e compreensão dos participantes sobre a União Europeia.
Segundo as palavras da Reitora da Universidade de Évora, "faz falta parar para pensar sobre o que é isto da Europa, porque na verdade, muitas vezes confundimos a Europa com os fundos europeus e a Europa não pode ser só os fundos europeus, a Europa tem de ser mais que isso, para que nos sintamos na verdade cidadãos da Europa, sem questionar o facto de sermos portugueses e sem questionar de pertencermos a regiões".
Para Hermínia Vilar, "é necessário refletir sobre a Europa", tendo enumerado cinco pontos de reflexão a ter em conta, nomeadamente: "o que é a Europa e porquê pensar na Europa?; a Europa é um continente de conflitos; qual é o papel das regiões e como pensar a diversidade da Europa a partir da diversidade das regiões?; o que é democracia europeia?; e a formação e educação para a cidadania e o papel das instituições de ensino superior nesta formação para a cidadania."
Considera a Reitora que "a Europa não é, nem pode ser uma fonte de financiamento, ao contrário do que alguns querem fazer querer".
Já sobre o atual momento que vive a Europa, Hermínia Vilar, referiu que "todos pensamos como é que foi possível no Século XXI a Europa estivesse perante uma guerra, eu diria antes, como é que foi possível vivermos durante 70 anos de paz e esses 70 anos de paz foram fruto de um trajeto de coesão que foi construído a partir da II Guerra Mundial".
Sobre o papel das regiões na construção da Europa, Hermínia Vilar, frisou que "a Europa tende em construir similitudes, tende a construir unidade, mas essa unidade tem de ser traçada na diversidade cultural e das regiões", pois, "a Europa deve ser pensada a partir das regiões".
Na construção da Europa, "as instituições de ensino superior têm um papel muito importante, pois, nós educamos cidadãos, cidadãos interventivos, atentos ao que se passa, capazes de olhar e discernir a informação, mas também capazes de olhar para a dignidade e saber o que nos rodeia", concluiu.
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