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16 abril, 2025

Páscoa em tempo de guerra


Dose Diária

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16.04.2025


Páscoa em tempo de guerra

Em plena Semana Santa, a Terra Santa – entre outras – está em guerra. Como se a morte nunca se afastasse dessas – e outras – paragens. Eis a Dose Diária de hoje: em 1705, Isaac Newton era armado cavaleiro pela rainha Ana.

Lugar santo para as três religiões monoteístas, há pelo menos dois milénios que a Palestina não conhece a paz. A guerra faz parte do dia a dia e não parece haver no horizonte qualquer mudança do estado das coisas.

O secretário-geral da NATO não tem uma missão nada fácil: Mark Rutte tem de servir de “amortecedor” entre 32 membros da Aliança Atlântica e aquele membro cujo presidente tem um desejo secreto de a, digamos, “desligar”.

A UE adiou para 14 de julho uma eventual retaliação às medidas protecionistas norte-americanas. Curiosamente, é o dia da ‘Fête Nationale’ em França. Será que ‘Monsieur’ Macron fará cair a Bastilha, perdão, a negociação com o “antigo” aliado?

Ao fim de três anos de difíceis negociações, a Organização Mundial da Saúde conseguiu chegar em Genebra a um acordo histórico: como enfrentar pandemias. A da COVID-19 já lá vai, mas deixou cicatrizes e um mar de dúvidas sobre como fazer mais e melhor numa pandemia futura. Sim, porque a questão não é “se”, é “quando”...

Lá bem longe, na Antártida, a migração anual dos pinguins serve como base a uma bem-humorada “marcha de protesto” contra as tarifas que Mr. Trump aplicou às ilhas australianas Heard e McDonald – país com o qual os EUA não têm défice comercial (!).

Cá pelo burgo, quase metade do nosso volume de negócios escapa às tarifas de Donald Trump. Vá lá, do mal o menos. Mas atenção, ele vai taxar os produtos farmacêuticos, e aí é que a porca torce o rabo: é a nossa principal exportação para os EUA.

Ainda e sempre as medidas – dir-se-ia a diarreia de medidas – da administração norte-americana: o eventual (iminente?) fecho do Consulado dos EUA nos Açores revela bem o que Trump & Co. pensam sobre tudo o que vem de fora. Como se o país não fosse, nos seus 250 anos de história, o maior destino da imigração mundial.

Nos debates televisivos desta noite, dois choques frontais: assumindo-se como candidata a PM (!), e na ausência de Luís Montenegro, Mariana Mortágua manda a irmã gémea, Joana, debater com Nuno Melo. Uma hora mais cedo, às 9 da noite, Chega vs. CDU vai dar brado nas touradas – não, quem está contra isso é o PAN...

Por falar em política partidária – que, quando passa a governativa, afeta-nos a todos – a memória é uma coisa a preservar. Já que uma mentira repetida muitas vezes se pode transformar em verdade, é bom recorrer à memória para analisar se o que se diz hoje não estará em completa contradição como o que se disse, e fez, ontem.

A meio da Semana Santa, a meteorologia não está para grandes santidades: os próximos dias vão ser chuvosos, frios, escuros e ventosos. É o que temos, amén.

Na próxima segunda-feira celebram-se os 40 anos da primeira vitória de Ayrton Senna na Fórmula 1. Foi no Autódromo do Estoril e, em comemoração, o Estoril Praia entrará em campo na véspera envergando um equipamento que homenageia o piloto brasileiro.

Até amanhã em mais uma Dose Diária.


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