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21 março, 2024

PORTUGAL REFORÇA APOIO HUMANITÁRIO AOS REFUGIADOS PALESTINIANOS

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que Portugal vai reforçar em dez milhões de euros o apoio humanitário à agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos.

 Portugal reforça apoio humanitário aos refugiados palestinianos

"Hoje terei oportunidade de informar o secretário-geral das Nações Unidas que o Conselho de Ministros, hoje mesmo, adota uma resolução reforçando em 10 milhões de euros o nosso apoio humanitário específico à agência das Nações Unidas de apoio aos refugiados palestinianos", disse António Costa, em Bruxelas, à entrada para a sua última cimeira europeia.

Depois de ter estado em Nova Iorque, onde se encontrou com o Secretário-geral das Nações Unidas, o primeiro-ministro começou por fundamentar esta nova ajuda de Portugal ao povo palestiniano de Gaza como mais uma forma de assegurar o bom funcionamento e a capacidade de fornecer alimentação e medicamentos, uma ajuda que o chefe do Governo português designou de humanitária e justificada perante a situação que se vive naquele território, que classificou de "inadmissível".

Sobre este seu último Conselho Europeu, que será sobretudo dominado por mais uma tentativa dos líderes europeus em encontrarem um dominador comum face às questões que envolvem o Médio Oriente, e em particular a tragédia humanitária que se vive em Gaza, António Costa começou por focar a sua atenção na necessidade de se estabelecer rapidamente "um cessar-fogo sustentável", lembrando que a situação que se vivem em Gaza é "absolutamente inadmissível do ponto de vista humanitário e do direito internacional", que se tem vindo a agravar, como aludiu, insistindo que a solução mais razoável é a de se avançar para uma "pausa imediata" nas hostilidades.

Esta cimeira em Bruxelas começou com um almoço de trabalho que contou com a presença do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, encontro que António Costa considerou decisivo para aprofundar o debate em torno das questões do Médio Oriente, insistindo serem unânimes as críticas dos lideres europeus ao "bárbaro ataque" que ocorreu a 7 de outubro cometido pelo grupo islamita do Hamas contra Israel, mas não deixando de lado, contudo, a condenação "igualmente unânime" pela forma como Israel está a "exercer de momento o seu direito de defesa", que deveria "implicar regras e respeito pela vida humana".

O primeiro-ministro destacou ainda o papel que a Agência das Nações Unidas tem vindo a desempenhar no apoio aos refugiados palestinianos, um trabalho que é largamente reconhecido por todos os líderes europeus, referindo que Portugal nunca deixou de estar na linha da frente na ajuda ao povo da Palestina, designadamente com o reforço, em finais de 2023, do seu apoio a este organismo com quatro milhões de euros e já no início deste ano com um novo auxílio de mais um milhão de euros, a que se seguem agora os 10 milhões de euros anunciados por António Costa.

Naquela que será a sua última cimeira enquanto primeiro-ministro, António Costa receberá uma homenagem dos seus pares, com a transmissão de um vídeo de despedida e a entrega de uma estatueta alusiva ao edifício-sede do Conselho Europeu, uma obra da autoria de Maxim Duterre, um jovem designer industrial e artista nascido em Bruxelas.