Biden-Putin-XiJinping - Café da Praça Central

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26 fevereiro, 2023

Biden-Putin-XiJinping

Na semana do primeiro ano de guerra, três discursos, três cenários e as conclusões provisórias

1) Se a China quiser, a guerra de invasão da Ucrânia acaba: sem a China a Rússia não se aguentaria três meses (a não ser que aumentasse a parada, nesse caso perdíamos todos). Só que a China não quer que a guerra acabe com uma derrota militar da Rússia e o reforço da NATO.

2) Se os EUA quiserem, a guerra também acaba: sem os EUA a Ucrânia não se aguentaria três semanas, a Rússia ganhava e a Ucrânia, independente de Moscovo durante 31 anos, regressava à dependência russa.
Só que os EUA não querem que a guerra acabe com uma vitória russa e a reintegração da Ucrânia.

3) Se os EUA continuarem a apoiar a Ucrânia e a China continuar a apoiar a Rússia, a guerra na Ucrânia prolonga-se por tempo indeterminado e o maior perdedor, depois da Ucrânia, será a União Europeia. Esse cenário é aceitável para os EUA e a China, mas aumenta ainda mais o risco de arrastar a actual guerra surda entre Washington e Beijing para o campo militar. 

Conclusões: 
1) Uma solução, intermédia e provisória, terá, no interesse da UE, de passar por negociações e a eventual cedência, sob protesto, de território à Rússia para se obter a paz possível - mesmo que 'podre' sempre preferível à continuação da guerra - na Ucrânia e na Europa.

2) A 'Cortina de Ferro' entre a UE e a Rússia voltou a levantar-se e reforça o ascendente económico e militar dos EUA sobre toda a Europa Ocidental.

3) Contas feitas até agora, do lado dos vencedores só os suspeitos habituais: as multinacionais de gás e petróleo, as indústrias de armamento e os bancos que financiam as suas actividades.

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