Ana Paula Martins, submeteu-se a sufrágio para presidente da Câmara Municipal de Tavira em outubro de 2021 e ganhou. Passado o primeiro ano de mandato, enquanto presidente eleita, em exclusivo ao jornal diariOnline Região Sul, fez o balanço que considera ter sentido algumas dificuldades.
“Um ano de mandato, que já vinha com dois em substituição do Jorge Botelho. Foi um ano também com algumas dificuldades, nós acabamos por nos livrar da pandemia mas iniciou-se a guerra e com a guerra também novos desafios, inicialmente os desafios para ajudar os ucranianos. Posteriormente os desafios que vão vir e muitos deles já chegaram por força do aumento das matérias primas…” começa por dizer Ana Paula Martins.
“Eu acho que a guerra, sobretudo veio ter forte influência no plano de investimento que a Câmara tinha ao seu dispor. Por um lado pelo aumento do preço, os preços das empreitadas, por outro lado porque também, os preços dos materiais subiram e obviamente os preços das empreitadas sobem, e muitas vezes também assistimos a empreitadas que são lançadas que nos consideramos que os preços já foram revistos e mesmo assim elas continuam a ficar desertas e isso tem tido o efeito de derrapar praticamente em todas as empreitadas que nós temos…” explica a edil tavirense.
Fazendo analogia sobre o aumento da inflação, Ana Paula Martins pondera que algum dinheiro que era para investimentos, seja canalizado para apoiar algumas famílias, área que o Município de Tavira nunca descurou. Sobre os projetos previstos em campanha eleitoral, a presidente considera que se a inflação continuar em alta, alguns dessas projetos terão que ficar a aguardar melhores dias.
“Relativamente às iluminações de Natal, o valor é ligeiramente mais reduzido, mas já tínhamos vindo a reduzir ao longo dos anos e já nos centrávamos mais na zona da baixa, o valor andará muito em linha com os anos anteriores, no entanto, a nossa opção foi realmente cumprir a recomendação do Governo, menos tempo de luzes ligadas…” salienta a presidente da Câmara Municipal de Tavira, relevando que o apoio às famílias, em diversas áreas, é um processo continuado porque as pessoas estão primeiro, sendo se for caso disso, também dará algum apoio às empresas, como aconteceu em tempo de pandemia.
Na segunda parte da entrevista exclusiva ao jornal diariOnline Região Sul questionamos Ana Paula Martins sobre o que está a Câmara Municipal de Tavira a fazer para minimizar a falta de habitação no concelho para quem quer trabalhar no mesmo, ao que a edil tavirense começou por explicar que “nós temos a estratégia local de habitação aprovada, já há algum tempo e nós neste momento, tendo em conta a situação atual de conjuntura, em que as empreitadas e os projetos acabam por derrapar um bocadinho no tempo, nós decidimos avançar com a construção de habitação social e a custos controlados…” começa por explicar a presidente da Câmara Municipal de Tavira adiantando outros detalhes.
Quanto ao futuro e ao que falta do mandato, Ana Paula Martins “se este conflito não terminar, eu acho que vamos ter graves problemas, nas famílias, como eu disse há bocadinho. Já estamos a preparar algum reforço de medidas para apoios, nomeadamente alimentares, que é a necessidade básica…” reflete a presidente da autarquia tavirense, considerando que a grande pressão no imobiliário que se sente em Tavira, quer para a compra de nova habitação quer mesmo no arrendamento, é o grande desafio e explica em detalhe a sua analogia, bem como exalta a dificuldade de encontrar casas e o preço pedido por arrendamento.
Ana Paula Martins termina com a mensagem de Boas Festas a todos os que vejam este vídeo, em especial aos algarvios e tavirenses.
