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02 dezembro, 2022

Secretário-geral das Nações Unidas pede erradicação de formas de “escravidão contemporânea”

 


Trabalhadores domésticos compreendem uma parte significativa da força de trabalho global em empregos informais e estão entre os grupos de trabalhadores mais vulneráveis

@ILO/J.Maillard

Trabalhadores domésticos compreendem uma parte significativa da força de trabalho global em empregos informais e estão entre os grupos de trabalhadores mais vulneráveis

2 Dezembro 2022 | Direitos humanos

António Guterres cita tráfico de pessoas, exploração sexual, trabalho infantil, casamento forçado e uso de crianças em conflitos armados como práticas de exploração moderna; dados apontam que 50 milhões de pessoas foram vítimas desses crimes em 2021.

As Nações Unidas marcam o Dia Internacional para Abolição da Escravidão neste 2 de dezembro. Este ano, a mensagem do secretário-geral da ONU destaca a necessidade de “identificar e erradicar as formas contemporâneas de escravidão”.

António Guterres cita tráfico de pessoas, exploração sexual, trabalho infantil, casamento forçado e uso de crianças em conflitos armados como formas de exploração moderna.

Reprodução do Livro A Escravidão na era da Memória.
Reprodução da capa do livro

Reprodução do Livro A Escravidão na era da Memória.

50 milhões de pessoas

Segundo o chefe da ONU, as últimas Estimativas Globais da Escravidão Moderna sobre trabalho forçado e casamento forçado revelam que, no ano passado, cerca de 50 milhões de pessoas foram escravizadas. E o número vem crescendo.

Guterres ressalta que os grupos mais marginalizados permanecem particularmente vulneráveis, incluindo minorias étnicas, religiosas e linguísticas, migrantes, crianças e pessoas com diversas identidades de gênero e orientações sexuais.

Ele afirma que a maioria dessas pessoas vulneráveis ​​são mulheres.

Para a celebração do dia, o secretário-geral das Nações Unidas apela aos governos e sociedades que se comprometam com a erradicação da escravidão.

Setor privado e sociedade civil

Guterres quer mais ação e plena participação de todas as partes interessadas, incluindo o setor privado, sindicatos, sociedade civil e instituições de direitos humanos.

Ele adiciona que todos os países devem proteger e defender os direitos das vítimas e sobreviventes da escravidão.

O chefe da ONU também reconhece que o legado do comércio transatlântico de africanos escravizados deixa suas marcas até hoje, impactando as sociedades e impedindo o desenvolvimento equitativo.

| ONU News