O Prémio Literário Joaquim Mestre é instituído pela ASSESTA - Asssociação de Escritores do Alentejo, em parceria com a Direção Regional de Cultura do Alentejo e em colaboração com o Município de Beja.
Nesta terceira edição, o vencedor é o escritor e jornalista João Céu e Silva, com a obra "Guadiana". Sendo ainda atribuída uma menção honrosa ao escritor António José da Costa Neves, com o original "Para lá do sol-posto".
A cerimónia contempla ainda o lançamento da obra vencedora, numa edição do Grupo Narrativa e conta com a presença dos distinguidos, da ASSESTA, da Direção Regional de Cultura do Alentejo e do Município de Beja, assim como algumas intervenções de ilustres representantes da nossa cultura.
O autorJoão Céu e Silva nasceu em Alpiarça em 1959, e viveu no Rio de Janeiro, onde se licenciou em História. Desde 1989 que é jornalista e colaborador do Diário de Notícias, onde exerceu a editoria do Regional, Sociedade, Opinião, adjunto da chefia de redação e grande-repórter. É atualmente o coordenador da Cultura do DN e crítico literário.
Recebeu em 2021 o Prémio Carreira de Jornalismo do festival literário Escritaria (C M de Penafiel).
Em 2013, recebeu o Prémio Literário Alves Redol (CM de Vila Franca de Xira), com o romance A Sereia Muçulmana.
Obras publicadas:
Obras de investigação histórica: Álvaro Cunhal e as Mulheres que Tomaram Partido; 1961 - O Ano que Mudou Portugal; 1975 - O Ano do Furacão Revolucionário; Fátima- A Profecia Que Assusta o Vaticano; Uma longa viagem com Manuel Alegre; Uma longa viagem com António Lobo Antunes; Uma Longa Viagem com Vasco Pulido Valente; Uma Longa Viagem com José Saramago; Uma Longa Viagem com Miguel Torga; Uma Longa Viagem com Álvaro Cunhal.
Obras de ficção: 28 Dias em Agosto; A Hora da Ilusão; A Sereia Muçulmana; Adeus África - A História do Soldado Esquecido; A Segunda Vida de Fernando Pessoa; Adeus Casa Branca.
A obra "Guadiana"
Trinta e cinco anos após deixarem o Alentejo, uma mulher e um homem reencontram-se como combinado no lugar de onde partiram ainda adolescentes. O que irão assistir durante esses dias juntos ultrapassará o que poderiam imaginar, quando as águas do rio Guadiana são tomadas por uma rebelião nunca vista.
Além da reescrita das memórias de quando viveram nas aldeias de Alqueva e da Luz, cada um tem muito para contar ao outro sobre o caminho bem diferente que cada um percorreu. A um coube a vivência da Primavera Árabe no Egito e a outro a queda do Muro de Berlim, duas revoluções que alteraram o dia a dia de um Cairo em fúria e reuniu as duas partes de uma cidade dividida.
À boleia de um estrangeiro, o que descobriram ainda muito jovens no Alentejo que os cercava iria moldar o seu destino. Se uma olhava para o céu e ficou para sempre ligada à observação do universo, o outro descobriu na pré-história da região a vontade de descobrir o passado noutras paragens.
O que não esperavam era que o Guadiana fosse capaz de lhes alterar o mundo como o conheciam.