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05 março, 2024

Pedro Passos Coelho

Pedro Passos Coelho representa o aprofundamento da venda e destruição do país. A acção do seu governo assentou numa política de privatizações, ou de entrega, incluindo por via da eliminação das golden shares, ao grande capital nacional e estrangeiro de empresas públicas estratégicas como a PT, TAP, CTT, EGF, EDP, REN, GALP, ANA, Caixa Seguros, ENVC e das diversas empresas de transportes públicos e logística.
*  -  O seu regresso é mais do que uma aparição, é a confirmação de que pela AD e comparsas, os destinos do país passarão sempre pelos caminhos sinuosos de outrora. Caminho este que foi derrotado em 2015, que visava continuar a ajustar contas com Abril, uma das manifestações mais concretas da submissão do poder político ao poder económico.
*  -  Como se isto fosse pouco, o governo do grande oráculo da direita lusa promoveu um corte superior a 2 mil milhões de euros na saúde. Centenas de milhares de utentes viram vedado o seu acesso a cuidados de saúde; foram atacados os direitos dos profissionais do sector; aumentadas as taxas moderadoras; e foi eliminado o direito de transporte a doentes não urgentes. Como não podia deixar de ser, foi acentuada a linha de privatização da saúde através da entrega de unidades hospitalares às Misericórdias.
*  -  Na educação, o governo deste D. Sebastião do empobrecimento também não se imiscuiu no ataque à Escola Pública. Encerrou escolas do 1.º ciclo; cortou o financiamento do Ensino Superior em 2500 milhões de euros; aumentou o número de alunos por turma; reduziu os funcionários e realizou despedimento de mais de 25 mil professores; atacou a carreira de docente; reduziu a Acção Social Escolar; promoveu a discriminação e a segregação de milhares de alunos com necessidades educativas especiais; e aumentou os custos de frequência do ensino.
*  -  Mas ainda há mais, sob a égide da sua governação, o número de desempregados chegou aos
930 000 no primeiro trimestre de 2013, segundo os número oficiais, mas que se estima que possa ter atingido mais de 1 400 000. Entre o segundo trimestre de 2011 e o primeiro trimestre de 2013, foram destruídos 440 000 postos de trabalho, 70 000 dos quais nas administrações públicas.
*  -  O curriculum de Passos, que mais se assemelha a cadastro, prosseguiu com a desvalorização geral de salários de 16,5%, que na Administração Pública e no Sector Empresarial do Estado foi superior a 30%. Foram promovidos cortes salariais e aumentadas as horas de trabalho.
*  -  Para finalizar (mas não acabando, o rol de grosseiras decisões do passismo não fica por aqui), importa referir que o governo de Passos cortou no valor das pensões; agravou as condições de acesso à reforma; e promoveu igualmente os cortes noutras prestações sociais, como a protecção no desemprego e doença, o abono de família, o Complemento Solidário para Idosos e o Rendimento Social de Inserção, atingindo centenas de milhares de famílias.
*  -  As palavras são vãs para tudo o que Pedro Passos Coelho representa, mas quem lutou nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas e nas faculdades sabe o que foi o ataque, a privação e a imposição da miséria.
*  -  Quem foi convidado a imigrar sabe o que foi um governo que separou famílias. Quem trabalhou uma vida inteira sabe o que é chegar ao final da mesma e ver negado tudo aquilo que é necessário para viver.

• O regresso de Passos não foi um regresso. Foi o assumir de que, após dia 10 de Março, caso a direita chegue ao poder, o futuro será duro e nebuloso. Mas a AD e os seus sucedâneos podem talvez não saber que, os que combateram o governo de Passos, serão os mesmos que combaterão todos os passos que a direita quiser continuar a dar.

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