O conflito na Ucrânia foi pretexto para falar das Forças Armadas portuguesas e colocar Portugal num cenário de guerra: que homens, que armas e que equipamentos tem o país? Nesta entrevista, o major-general Isidro Morais Pereira, que comandou operações militares na Bósnia, fala de estratégia militar. Ou da falta dela.
Lamenta que o governo tenha desinvestido nas Forças Armadas portuguesas e não cumpra sequer os compromissos que assumiu com a NATO - Organização do Tratado do Atlântico Norte. E lembra que o mundo é um lugar perigoso e Portugal está longe de atingir os mínimos no que diz respeito à sua defesa e segurança.
O pai gostava que tivesse sido médico, mas, influenciado pela Guerra do Ultramar, primeiro, e pelo 25 de Abril, depois, decidiu que queria ser militar. Major-general, cumpriu serviço durante 44 anos e aos 56 Isidro Morais Pereira foi atirado para a reserva, onde se mantém até hoje.