A Rússia estará a enviar mulheres reclusas para a frente de combate na guerra na Ucrânia, como forma de compensar as pesadas baixas que tem sofrido no conflito.
A informação é adiantada por fonte do Exército ucraniano ao Daily Mail, que explica que Putin foi em busca de "fontes alternativas para restabelecer" o número de efetivos militares disponíveis. "Na semana passada houve movimentos para a região de Donetsk de um comboio com lugares reservados para o transporte de prisioneiros. Uma das carruagens destinava-se a mulheres condenadas e na prisão", explica a fonte.
Com efeito, no início da semana foram noticiadas movimentações de reclusas para Kuschevka, na região de Krasnodar, perto da frente de combate.
Uma vez ali, as prisioneiras, libertadas num esquema do governo ligado aos esforços de guerra, foram colocadas como trabalhadoras rurais em estufas e estábulos que apoiam os militares russos, e outras possivelmente enviadas para as linhas de combate.
Olga Romanova, da fundação Russian Behind Bars, sustenta que pelo menos 100 reclusas russas foram levadas para a Ucrânia, para locais junto à frente de guerra.
Prisioneiros russos têm sido recrutados para a Ucrânia com um acordo que cancela as penas se servirem no conflito, e sobreviverem, durante pelo menos seis meses na frente de combate. O chefe do grupo mercenário Wagner já negou que a organização estivesse a recrutar reclusos nas cadeias, mas há provas de que o ministério da Defesa da Rússia continua a fazê-lo.
Na semana passada o governo da Ucrânia já havia alertado que a Rússia estava ativamente "a tentar recrutar mulheres condenadas a penas de prisão para participarem nas hostilidades", como forma de "compensar as perdas militares". Algumas terão sido instaladas na colónia penal de Snezhnoye, na região de Donetsk.
