A eleição da CDU para o terceiro e quase certo último mandato, nada tem a haver com satisfação dos eborenses face ao trabalho anteriormente realizado. Denote-se que o concelho, continua estruturalmente atrasado face a concelhos limítrofes com igual número de habitantes. Temos um centro histórico visivelmente degradado, que não irá ser enquadrado na reabilitação urbana a não ser que ganhemos fundos através da "capital europeia da cultura". Com a vontade e o afinco que estão a ter, devemos ficar pelo caminho. As estradas estão ao nível de Mariupol mas não temos forças bélicas inimigas a enviar mísseis. Pavilhões, escolas e outras estruturas de apoio à educação e saúde estão a ruir. Temos um teatro nas mãos de um polvo, em que os tentáculos da instrumentalização político ideológica do partido a mando de Moscovo, continua a promover e a impedir que tragam obra capaz de atrair os eborenses. Enfim, eu também não compreendo como foi possível continuarem, aliás até sei. Infelizmente não havia alternativa capaz, uns por comportamentos estranhos de andar a navegar em águas turvas, roçando o chafurdar no lodo, outros por ego, e as verdadeiras alternativas não conseguiram transmitir a mensagem infelizmente. As luzes de natal continuam a ser todos os anos alvos de crítica, mas fazem parte da estratégia de pão e laranjas para o povo, como se isso salvasse alguém de dizer o "Rei vai nu", e la vamos letárgicos, num ambiente de parestesia comum, atrás de um flautista para um cenário de "Havana da Europa", mas sem mar.
André Miguel António / Facebook